Tupperware entra com pedido de falência e busca alternativas para sobreviver

Tupperware fechou fábrica nos EUA - Foto: Reprodução

A famosa marca de recipientes plásticos, ícone de organização doméstica, solicitou falência sob o Capítulo 11 nos Estados Unidos, visando a venda de seus ativos e a continuidade das operações. Fundada há 80 anos, a Tupperware enfrenta dificuldades desde a pandemia de 2020, quando o aumento inicial nas vendas, motivado pelo isolamento, não se manteve. Com mais de US$ 700 milhões em dívidas, a empresa luta para se reestruturar após o fechamento de sua fábrica nos EUA e a demissão de 150 funcionários.

Impacto da pandemia e dívida crescente

Apesar de um breve impulso nas vendas durante o auge da Covid-19, a Tupperware não conseguiu sustentar o crescimento. O anúncio de falência vem após tentativas frustradas de reestruturação e a queda constante de receitas, o que resultou em passivos entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões. A empresa busca aprovação judicial para facilitar a venda de seus negócios enquanto mantém as operações.

Reestruturação e visão de futuro

Laurie Ann Goldman, presidente e CEO da Tupperware, declarou que o processo de falência tem como objetivo permitir a flexibilidade necessária para que a marca possa se transformar em uma empresa mais tecnológica e voltada para o mercado digital. A ideia é posicionar melhor a Tupperware para atender as expectativas dos investidores e consumidores.

O legado da Tupperware e a competição do varejo digital

Lançada por Earl Tupper em 1946, a Tupperware conquistou o mercado durante décadas, principalmente com o modelo de vendas diretas em festas domiciliares. No entanto, a marca não acompanhou a evolução do varejo e o avanço das vendas online, perdendo espaço para a concorrência e lutando para se adaptar à nova realidade do consumo digital.

Fonte: InfoMoney.