Uma operação da Polícia Civil do Paraná (PC-PR), realizada nesta quarta-feira (11), desarticulou uma milícia suspeita de executar pelo menos 21 pessoas em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, ao longo de um ano e oito meses.
Grupo agia sob comando de preso
Segundo a PC, o grupo criminoso, identificado como uma milícia privada, tinha como líder um detento da Casa de Custódia de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele ordenava os crimes de dentro da prisão, acompanhando as execuções por chamadas de vídeo ou recebendo gravações das ações.
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Os assassinatos eram direcionados a rivais e desafetos, com as mortes sendo realizadas por um núcleo de executores, incluindo adolescentes, para tentar driblar penalidades severas.
Estrutura e atuação do grupo
A investigação revelou que a milícia era bem organizada, com 28 integrantes identificados, entre eles seis adolescentes. O grupo estava dividido em núcleos, como o financeiro, apoio logístico, executores e olheiros, responsáveis por planejar ataques e esconder armas após os crimes.
Além disso, um monitor de ressocialização, terceirizado do sistema penitenciário, foi acusado de corrupção. Ele recebia propina para oferecer facilidades aos membros do grupo detidos. O servidor já foi afastado e teve a prisão preventiva decretada.
Operação com foco em várias frentes
Na operação, foram cumpridos 48 mandados de prisão preventiva, 133 mandados de busca e apreensão e 69 medidas de bloqueio de bens e contas bancárias. As ações ocorreram em várias cidades do Paraná, além de municípios em São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
A Justiça também determinou a transferência do líder da milícia para o sistema penitenciário federal e o isolamento de três outros detentos associados ao grupo.
Crimes e penas
Entre janeiro de 2023 e agosto de 2024, o grupo foi responsabilizado por 21 homicídios e seis tentativas de assassinato em Ponta Grossa. As penas previstas para o líder da milícia podem ultrapassar 750 anos de prisão, somando os crimes de milícia, homicídios, tortura e corrupção de menores.
Além das execuções, a investigação detectou envolvimento da milícia com tráfico de drogas e porte ilegal de armas, com dois subgrupos atuando em parceria para financiar as ações criminosas.
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