A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) confirmou mais um caso de raiva em bovinos no município de Ortigueira, desta vez na comunidade da Libertação Camponesa. Este é o quarto caso registrado recentemente, o que acende um alerta vermelho para a saúde pública na região.
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A preocupação das autoridades sanitárias é justificada pelo perigo extremo da doença. A raiva é uma infecção viral aguda que, após o aparecimento dos sintomas, apresenta uma taxa de mortalidade de quase 100% em humanos.
Não existe cura estabelecida para a doença quando o vírus atinge o sistema nervoso central. A transmissão ocorre pelo contato com a saliva de animais infectados (mordidas, arranhões ou lambidas em feridas), principalmente por meio de morcegos hematófagos, cães e gatos e animais de produção.
O perigo do “falso engasgo”
O período de incubação é variável, dependendo da espécie e do local da mordedura. Um dos maiores riscos para o produtor rural é confundir os sintomas do animal.
O bovino com raiva costuma apresentar dificuldade para engolir, parecendo que está engasgado. Ao tentar colocar a mão na boca do animal para desengasgá-lo, a pessoa entra em contato direto com o vírus letal. Jamais faça esse procedimento se o animal apresentar comportamento estranho ou dificuldade motora.
Vacinação é a única barreira
Como a letalidade é altíssima, a prevenção é a única defesa. A Adapar orienta a vacinação de todo o rebanho e animais domésticos num raio de 10 km do foco.
Para garantir a proteção, siga o protocolo rigorosamente:
- Vacinar os animais de criação a partir dos 3 meses de idade;
- Fazer um reforço (aplicar mais uma dose) após 30 dias da primeira vacinação;
- Depois, revacinar todos os anos;
- A vacina é barata e eficaz.
Em regiões com focos ativos, recomenda-se a aplicação a cada seis meses para garantir maior proteção. A notificação de suspeitas à Adapar (WhatsApp 42 3277-2187) é obrigatória, gratuita e não bloqueia a propriedade.
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