Atear fogo em lixo em terrenos baldios responde por mais de 30% dos incêndios no Paraná

Uma baixa de 7,8% em relação ao ano passado, mas ainda preocupante - Foto: AEN

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) registrou 4.830 incêndios em vegetação entre janeiro e julho deste ano no Estado. Desse total, 1.641 tiveram início em lixo ateado em terrenos baldios, o que representa mais de 30% das ocorrências. No ano passado, o percentual foi ainda maior, chegando a 37,8%. A situação preocupa o Corpo de Bombeiros.

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A porta-voz do CBMPR, capitã Luisiana Cavalca, destaca os riscos. “Atear fogo a resíduos em terrenos baldios pode terminar em grandes incêndios florestais ou em residências. A fumaça traz transtornos graves para o trânsito e problemas de saúde se inalada”, alerta a capitã.

Aumento no período de seca

A situação se agrava no inverno, período de tempo seco. Entre janeiro e maio de 2025, foram 1.041 incêndios em terrenos baldios. Apenas em junho e julho, o número saltou para 641, sendo 587 somente em julho.

Para a capitã Luisiana, a destinação correta dos resíduos é fundamental. Ela reforça que prefeituras também podem ajudar na fiscalização de terrenos baldios, no corte da vegetação e na coleta de lixo, evitando o acúmulo de materiais combustíveis.

Exemplo recente e riscos

Na última quarta-feira (30), um incêndio em um terreno de 30 mil metros quadrados no Bairro Alto, em Curitiba, causou transtornos. A vegetação seca fez com que o fogo se espalhasse rapidamente, exigindo a mobilização de três caminhões de bombeiros e uma equipe especializada. Três casas próximas foram evacuadas.

A fumaça gerou perigo para o trânsito na Linha Verde. A capitã Luisiana explica que a fumaça “dificulta a visualização de outros veículos e obstáculos nas pistas e acostamentos, podendo ocasionar acidentes graves”.

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