Audiência do Caso Isis Mizerski é cancelada por falta de testemunhas de defesa

A jovem está desaparecida desde junho deste ano - Foto: Divulgação

A Justiça decidiu suspender a audiência marcada para quinta-feira (24), referente ao caso do assassinato da adolescente Isis Victoria Mizerski, desaparecida desde junho. A suspensão ocorreu devido à ausência de testemunhas de defesa. Neste encontro, quatro testemunhas de acusação foram ouvidas, mas o réu, Marcos Wagner de Souza, não prestou depoimento como esperado. A previsão era de que ele fosse ouvido via videoconferência, mas isso só deve ocorrer após todas as testemunhas serem ouvidas. Não há nova data para a retomada das audiências.

Detalhes do Caso

Marcos Wagner de Souza, apontado como pai do bebê que Isis esperava, é o principal suspeito no desaparecimento da adolescente. Ela sumiu em Tibagi, região dos Campos Gerais, Paraná, após marcar um encontro com ele. A Polícia Civil acredita que Isis foi assassinada, apesar do corpo dela não ter sido encontrado. Marcos está preso e responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto sem consentimento de Isis. Ele alega inocência. A defesa do réu solicitou a inclusão de novas testemunhas, incluindo a irmã de Isis, enquanto a família da vítima aguarda a nova data da audiência.

Investigações e Provas

Conforme o delegado Matheus Campos Duarte, Isis e Marcos tiveram um relacionamento entre abril e maio de 2024, período em que a adolescente engravidou. Semanas depois, ao desconfiar da gravidez, Isis contou a Marcos, e ele pediu que ela confirmasse com um teste, que deu positivo. O casal se encontrou em 6 de junho e, desde então, Isis não foi mais vista. Imagens de segurança mostram Marcos em uma farmácia dois dias antes do desaparecimento, onde, segundo depoimentos, ele tentou comprar medicamentos abortivos. Além disso, o rastreamento do celular de Marcos naquela noite e nos dias seguintes aumentou as suspeitas sobre ele.

Processo Judicial

O inquérito policial foi concluído em agosto, e Marcos foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto sem consentimento da vítima, todos no contexto de violência doméstica. A Polícia Civil, ao detalhar o caso, traçou uma comparação com o desaparecimento de Eliza Samudio em 2010, quando, mesmo sem o corpo, os envolvidos foram condenados. A corporação continua incentivando denúncias anônimas sobre o paradeiro de Isis pelos números 197 ou 181.

Fonte: g1