Os desastres climáticos no Brasil dispararam 250% entre 2020 e 2023, em comparação com a década de 1990. O aumento alarmante foi revelado em um estudo da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, liderado pela Unifesp, MCTI, Unesco e Fundação Grupo Boticário.
Estudo aponta relação entre temperatura e desastres
A pesquisa mostra que a elevação de 0,1°C na temperatura média do ar resulta em 360 novos desastres climáticos. Quando a mesma variação ocorre nos oceanos, o impacto é ainda maior, com 584 eventos extremos adicionais registrados no Brasil.
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Desde março de 2023, o aquecimento oceânico variou entre 0,3°C e 0,5°C, intensificando furacões, inundações e secas em diferentes regiões do país.
Impactos econômicos e sociais
Desde 1995, os desastres climáticos causaram prejuízos de R$ 547,2 bilhões no Brasil. Apenas nos últimos quatro anos, os danos somaram R$ 188,7 bilhões, representando 80% das perdas da década anterior.
O estudo prevê que, mesmo no cenário mais otimista, o Brasil pode enfrentar impactos de até R$ 1,61 trilhão até 2050. No pior cenário, os custos podem ultrapassar R$ 8,2 trilhões até 2100.
Soluções baseadas na natureza são essenciais
Especialistas defendem ações imediatas para reduzir emissões de gases e adotar medidas de resiliência climática. Soluções como a recuperação de manguezais e dunas ajudam a mitigar impactos e proteger comunidades costeiras.
A pesquisadora Janaína Bumbeer destacou que a falta de ação amplia os custos econômicos, a escassez hídrica e o aumento de doenças. “A hora de agir é agora”, concluiu.
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Informações: Agência Brasil
