Os Núcleos de Guarapuava e Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, deflagraram nesta terça-feira, 7 de outubro, duas operações conjuntas. As ações, nomeadas Rota 466 e Via Pix, investigam possíveis crimes de corrupção praticados por policiais rodoviários estaduais.
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Foram cumpridos mandados de prisão, de busca e apreensão e de bloqueio de bens contra os investigados em diversas cidades do Paraná, com apoio da Corregedoria da Polícia Militar.
Detalhes da Operação Via Pix
O Núcleo de Ponta Grossa do Gaeco cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em postos policiais e residências nos municípios, incluindo Telêmaco Borba, Castro, Piraí do Sul e Jaguariaíva. A Justiça Militar Estadual determinou o afastamento de sete policiais rodoviários estaduais e o bloqueio de suas contas.
As investigações começaram em março de 2025 após motoristas relatarem extorsão na região de Piraí do Sul. Os policiais são suspeitos de exigir vantagens indevidas, sem base legal, em blitz ou nos postos, liberando os veículos somente após o pagamento via dinheiro ou PIX, muitas vezes para contas de “laranjas”. Estima-se que os policiais receberam ilegalmente cerca de R$ 140 mil entre dezembro de 2024 e agosto de 2025.
Segunda fase da Rota 466
Na Operação Rota 466, o Núcleo de Guarapuava cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em cidades como Guarapuava, Ponta Grossa e Pitanga. A ação resultou no afastamento de outros dois policiais rodoviários estaduais.
Os agentes são suspeitos de exigir propina de condutores flagrados por infrações ou de pessoas que trabalhavam com salvamento de cargas tombadas, configurando concussão, corrupção passiva e lavagem de ativos. Um ex-comandante do Posto de Polícia Rodoviária de Guarapuava, que já havia sido alvo na primeira fase, foi preso preventivamente. Foi descoberto que ele recebeu pelo menos R$ 47 mil em propina e tentou atrapalhar as investigações.
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