Uma das vítimas de Roderley Amorim Ramos, de 54 anos, preso preventivamente por estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude, revelou à polícia que o suspeito a ameaçava para garantir que ela não denunciasse os abusos. Segundo o relato, ele dizia que a mataria, além de ameaçar seus pais, caso ela falasse algo. Ramos foi preso na última quinta-feira (10), em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
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Cinco vítimas denunciam o suspeito
Até o momento, cinco vítimas procuraram a delegacia e fizeram denúncias com relatos semelhantes. Duas delas afirmaram que sofreram abusos ainda na adolescência, quando tinham entre 12 e 13 anos. As demais, com idades entre 18 e 30 anos, também relataram casos de violência sexual. De acordo com a delegada responsável, Claudia Kruger, Ramos se aproveitava da vulnerabilidade emocional das mulheres para cometer os crimes.
Em depoimento, uma das vítimas disse que o homem prometia “curar” suas angústias e orientava a deitar-se no chão, enquanto pedia para que tirasse parte da roupa. Ele alegava que o que fazia era para o bem delas. Procurado para prestar esclarecimentos, o suspeito negou as acusações. Sua defesa declarou que se manifestará oficialmente nos autos do processo.
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Falso guia espiritual se aproveitava das vítimas
Segundo a investigação, o suspeito se apresentava como curandeiro e pai de santo, oferecendo ajuda espiritual. Ele alegava que as vítimas estavam sob efeito de “magia negra” e orientava que retornassem com velas e roupas específicas para realizar supostos rituais. Durante os abusos, afirmava que os atos eram um pedido da entidade espiritual.
A Federação de Umbanda do Estado do Paraná divulgou uma nota esclarecendo que Ramos não possui vínculo com a federação e não tem terreiro formalizado. A instituição reforçou que a religião preza pela ética e o respeito, e não tolera nenhum tipo de conduta que viole a integridade física ou moral de qualquer pessoa.
Denúncias continuam abertas
A Polícia Civil segue investigando o caso e orienta que outras possíveis vítimas podem procurar a delegacia para fazer denúncias. A corporação está à disposição pelo telefone 197, onde denúncias podem ser feitas de forma anônima.
Fonte: g1
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