Líder religioso que atuava em Ortigueira é preso por suspeita de abuso sexual de criança após cultos em igreja evangélica

Imagem ilustrativa - Foto: Fábio Dias 2023

Homem de 60 anos, morador de Telêmaco Borba, teria se aproveitado de cargo em igreja evangélica para cometer crimes. Defesa nega veementemente as acusações.

Crimes ocorriam em casa cedida pela igreja, diz delegado

Segundo a Polícia Civil, o suspeito, que atuava em uma igreja em Ortigueira, abusou de uma menina de sete anos dentro de uma residência que a igreja havia disponibilizado para a família da vítima.

De acordo com o delegado João Paulo Martins, o acusado alegava precisar “descansar” após os cultos antes de retornar para Telêmaco Borba – cidade onde morava, a cerca de 50 km de distância. Foi nesses momentos que os abusos teriam ocorrido.

A família, ao notar mudanças no comportamento da criança, ouviu o relato da menina e acionou a polícia.

Suspeito se identifica como obreiro, mas família afirma que ele era pastor

Conforme informações repassadas ao g1 PR, os pais da vítima disseram que o homem era pastor na igreja. No entanto, ao prestar depoimento, ele se apresentou como “obreiro” – termo usado para designar voluntários ou auxiliares religiosos.

A polícia ainda não conseguiu confirmar oficialmente qual cargo ele ocupava na instituição. A reportagem também buscou posicionamento da igreja, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

Defesa contesta prisão e alega inconsistências na investigação

Em nota ao g1, os advogados do acusado afirmaram que ele “nega totalmente os fatos” e que apenas confirmou ter pernoitado na casa, que pertence à igreja.

A defesa ainda argumentou que a prisão preventiva foi “desnecessária”, já que o suspeito teria colaborado com a investigação desde o início, comparecendo espontaneamente à delegacia para prestar depoimento.

“Adotaremos os meios judiciais cabíveis para reavaliar os motivos que levaram à segregação, especialmente diante das divergências apresentadas na investigação até o momento”, disseram os representantes legais.

Polícia apreende celular e busca possíveis outras vítimas

Durante a prisão, cumprida na terça-feira (18), os agentes apreenderam o telefone do suspeito para perícia. O objetivo é verificar se há registros que comprovem os crimes ou indícios de outros abusos.

“Não temos, por ora, registros de que ele tenha cometido crimes anteriores, mas incentivamos quem tiver informações a procurar a polícia”, destacou o delegado.

Como denunciar casos de abuso

  • Disque-Denúncia: 181 (ligação anônima)
  • Polícia Civil: 197
  • Emergências (PM): 190

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Informações: PCPR/G1-PG