OPAS emite novo alerta de surto de dengue no Brasil e outros países da América

Desde o inicio de 2025, o Paraná acumula 7.108 casos

Em 2025, a dengue continua sendo uma preocupação significativa para as autoridades de saúde. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta epidemiológico devido ao risco elevado de surtos do sorotipo 3 (DENV-3) nas Américas. Este sorotipo, associado a infecções mais graves, já foi detectado em diversos países do continente, incluindo Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru.

Retorno do sorotipo 3 e riscos associados

O vírus da dengue possui quatro sorotipos distintos. A imunidade adquirida contra um deles não protege contra os outros, o que significa que infecções subsequentes com sorotipos diferentes podem aumentar o risco de formas graves da doença. No Brasil, o sorotipo 3 não circulava de forma predominante desde 2008, tornando grande parte da população suscetível a infecções.

Aumento de casos e medidas preventivas

Em 2024, foram registrados mais de 12,4 milhões de casos de dengue nas Américas, superando o recorde anterior de 6,5 milhões em 2023. Fatores como urbanização acelerada, mudanças climáticas e condições de saúde da população contribuíram para esse aumento.

Em 2025, até o momento, 23 países e territórios da região contabilizaram 238.659 infecções, com o Brasil concentrando 87% desses registros. Diante desse cenário, a Opas recomenda que os países reforcem a vigilância, o diagnóstico precoce e a gestão clínica da dengue para evitar uma possível crise sanitária.

Medidas adotadas no Brasil

O Ministério da Saúde do Brasil está monitorando de perto o aumento dos casos de dengue, especialmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. A pasta instalou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses e implementou um novo plano de contingência para reforçar a rede assistencial e conter o avanço da doença em todo o país.

Prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti

A prevenção da dengue depende principalmente do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Medidas como eliminar locais de acúmulo de água, utilizar repelentes e instalar telas em janelas são fundamentais para reduzir a proliferação do mosquito e, consequentemente, a incidência da dengue.

A situação requer atenção contínua das autoridades e da população para prevenir novos surtos e minimizar os impactos na saúde pública.

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