A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu 13 pessoas nesta terça-feira (2) em uma operação contra uma organização criminosa com ramificações interestaduais. A ação, que é um desdobramento da maior apreensão de haxixe já realizada no Paraná, ocorreu simultaneamente em Curitiba e em Itapema, no litoral de Santa Catarina.
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O objetivo principal da operação foi atingir o núcleo financeiro e logístico do grupo, que era responsável pelo tráfico de drogas e armas. A PCPR mobilizou um helicóptero e cães de faro para garantir a eficácia das buscas.
Liderança presa em luxo
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de prisão. Entre os detidos, está o líder da organização criminosa, capturado em um apartamento de luxo no litoral catarinense. No local, os policiais encontraram uma arma de fogo municiada e valores em espécie escondidos em um compartimento com fundo falso.
Além das prisões, a operação bloqueou 14 contas bancárias e 28 veículos. Foram apreendidos R$ 50 mil em espécie, 4 pistolas calibre 9 mm, porções de drogas, 10 veículos de luxo e um jetski, visando descapitalizar o grupo.
O delegado Victor Loureiro Mattar Assad afirmou que a ação desmantelou uma das principais estruturas do tráfico interestadual de drogas e armas que atuava a partir de Curitiba. “Hoje conseguimos atingir o núcleo de comando, apreender bens e interromper uma rota milionária do crime”, ressaltou.
Movimentação de R$ 513 milhões
As investigações comprovaram que a organização, estruturada em bairros de Curitiba como Pinheirinho e Cidade Industrial, mantinha uma ampla rede logística para transporte de grandes carregamentos de entorpecentes e armamentos de grosso calibre.
O esquema utilizava empresas de fachada para realizar lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial. Foi comprovada uma movimentação financeira superior a R$ 513 milhões em operações suspeitas.
Durante as diligências, a PCPR já havia apreendido mais de 700 quilos de haxixe em Campina Grande do Sul, em junho de 2025. Esse volume representou a maior apreensão da droga na história do Paraná. O líder preso era o responsável pelo envio de armas de grosso calibre do estado de São Paulo para uma organização criminosa no Rio de Janeiro.
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