O agronegócio do Paraná caminha para registrar um dos maiores desempenhos de sua história em 2025. Segundo o Boletim Conjuntural desta semana, do Departamento de Economia Rural (Deral), a combinação da safra recorde de grãos com o crescimento da pecuária deve fazer o Valor Bruto da Produção (VBP) do estado superar a marca de R$ 200 bilhões. Em 2024, o VBP ficou em R$ 188,4 milhões, o que sinaliza um crescimento expressivo.
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O VBP é o indicador que soma todo o faturamento gerado pela produção agropecuária, incluindo lavouras, pecuária e outras cadeias do campo. A confirmação detalhada do valor de R$ 200 bilhões é esperada para o próximo semestre.
Agricultura e pecuária alavancam o crescimento
O salto na produção agrícola paranaense é o principal motor, especialmente com a safra recorde de grãos. A soja e o milho da segunda safra se destacam, garantindo um incremento de aproximadamente R$ 10 bilhões ao VBP, ultrapassando R$ 81 bilhões apenas na agricultura.
Ao mesmo tempo, a pecuária mantém um desempenho favorável. A soma do valor gerado por frangos, bovinos, suínos, leite e ovos alcança cerca de R$ 66 bilhões, um avanço superior a 10% em relação ao ano anterior. A abertura de novos mercados internacionais, como o ingresso da carne suína no Chile, fortalece a expansão do setor.
Destaques por setor
- Tilápia: A piscicultura continua em crescimento, representando mais de 80% do VBP da cadeia. Sua participação subiu de 1% em 2011 para 4% em 2024, com crescimento médio de 24% ao ano.
- Frango: O Paraná mantém-se como o maior produtor nacional, sendo responsável por 34% de todos os abates e quase 35% da produção brasileira.
- Suínos: O Chile realizou sua primeira compra significativa de carne suína paranaense em novembro de 2025, um marco após o reconhecimento do estado como área livre de febre aftosa sem vacinação.
- Soja: O plantio está concluído, com 88% das lavouras em boas condições. Contudo, o clima desfavorável de novembro pode atrasar o plantio do milho segunda safra em 2026.
- Feijão: O VBP do feijão caiu para R$ 2,2 bilhões em 2025, quase R$ 900 milhões abaixo do ano anterior. Os preços em queda ajudam a controlar a inflação de alimentos.
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