O vereador José Odílio dos Santos (MDB), popularmente conhecido como Zé Odílio, da cidade de Reserva, nos Campos Gerais do Paraná, recebeu uma licença de três meses da Câmara Municipal. A licença, solicitada pela defesa de Odílio, foi aprovada por unanimidade pelos vereadores na sessão da última terça-feira (13).
Investigado por Assassinato
Zé Odílio está foragido desde 6 de julho, suspeito de assassinar seu sobrinho, Diorgenes Fernando Ferraz Lemes, de 24 anos, durante o velório de um familiar. Segundo as investigações, o crime ocorreu após uma discussão sobre uma dívida entre os dois. O vereador disparou três tiros contra o sobrinho, que morreu no local.
Defesa e Processo Judicial
Em nota, o advogado de Zé Odílio, Jorge Sebastião, informou que a licença foi solicitada conforme o regimento interno da Câmara. Ele também destacou que aguarda acesso ao processo para se manifestar sobre a investigação criminal. A defesa tenta obter os fundamentos da prisão preventiva, mas o acesso foi negado pela Juíza da Comarca de Reserva.
Câmara Solicita Suplente
Durante o período de licença, Zé Odílio não receberá remuneração, e a Câmara de Reserva pedirá ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a indicação de um suplente para ocupar o cargo. A Câmara se limitou a confirmar essas informações e não se pronunciou sobre o caso.
Detalhes do Crime
O crime ocorreu em 5 de julho, na localidade de Erval de Cima, zona rural de Reserva. De acordo com o delegado Silas Belém de Castro, responsável pelo caso, a vítima foi atingida por três disparos na cabeça enquanto estava no velório. Zé Odílio e seu irmão, Valdereis Sebastião Fernandes dos Santos, fugiram do local após o crime.
Inquérito e Indiciamento
O inquérito foi concluído em 25 de julho, com os dois irmãos indiciados por porte ilegal de arma e homicídio qualificado. O delegado afirmou que Zé Odílio possuía duas armas registradas, mas a arma usada no crime não foi localizada. Ambos os suspeitos seguem foragidos.
Desdobramentos e Próximos Passos
No final de julho, Zé Odílio deu um depoimento virtual à polícia, afirmando que não pretende se entregar. A defesa continua buscando acesso aos autos do processo para uma manifestação mais detalhada. Enquanto isso, a polícia segue em busca dos foragidos, e a comunidade de Reserva aguarda novos desdobramentos sobre o caso.
Fonte: G1/RPC
