Operação da Gaeco prende prefeito e investiga desvio de mais de R$ 10 milhões na saúde de Fazenda Rio Grande-Pr

Prefeito de Fazenda Rio Grande, Marco Marcondes (PSD) - Foto: Redes Dociais

O Ministério Público do Paraná (MPPR) deflagrou nesta quinta-feira, 9 de outubro, a Operação Fake Care no município de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. A investigação visa desarticular uma organização criminosa que praticava crimes contra a administração pública na área da saúde.

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A operação foi conduzida pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos (SubJur), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Prisão e afastamento de servidores

Foram expedidos mandados de prisão preventiva contra cinco indivíduos. O prefeito de Fazenda Rio Grande, Marco Marcondes (PSD), foi preso na manhã desta quinta-feira, conforme apurou a RPC. Os suspeitos também tiveram o exercício de suas funções públicas suspenso, sendo afastados dos respectivos cargos.

A investigação revelou que a organização criminosa atuava por meio de um modelo de contratação direcionada de uma empresa. Esta fornecia serviços de testagem domiciliar (testes rápidos) e levantamento estatístico.

O estratagema era usado para desviar recursos públicos com a participação de servidores do alto escalão mediante o pagamento de propina. O prejuízo total ao erário fazendense apurado até o momento ultrapassa R$ 10 milhões. Os investigados são suspeitos de corrupção ativa e passiva, contratação direta ilegal, peculato e lavagem de dinheiro.

Mandados e envolvidos

O Tribunal de Justiça do Paraná autorizou a realização de buscas e apreensões em diversos endereços. A ação atingiu residências, gabinetes na prefeitura e sedes de escritórios, nos municípios de Curitiba e Fazenda Rio Grande.

Os presos são: o prefeito Marco Marcondes, Francisco Roberto Barbosa (atual secretário da fazenda e ex-secretário da saúde), Alberto Martins de Faria (auditor do Tribunal de Contas do Estado do Paraná), Samuel Antônio da Silva Nunes (sócio da empresa investigada) e Abrilino Fernandes Gomes (sócio de empresa investigada). A investigação segue sob sigilo legal.

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